Showing posts with label Health Care. Show all posts
Showing posts with label Health Care. Show all posts

18 July 2009

13o Domingo Comum, 28.06.09 [Ano B]

13o Domingo Comum, 28.06.09 [Ano B]
Igreja do Salvador do Mundo, Vila Nova de Gaia
Cónego Dr. Francisco Carlos Zanger

«Que as palavras da minha boca e a meditação dos nossos corações, sejam agradáveis perante Ti Senhor, nossa Rocha e nosso Redentor; em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». Ámen.
De vez em quando, perguntam-me se escrevo as homílias em inglês e depois as traduzo, ou se as escrevo directamente em português. Ora, se já é demasiado difícil escrever um sermão em português... escrever primeiro em inglês, e depois traduzi-lo, seria impossível: as duas línguas são tão diferentes, e há palavras que nem podem ser traduzidas. Só um exemplo: não há uma palavra em inglês para saudade. Logo, se vou pregar em português, tenho de escrever em português.
E isto ainda é mais complicado. O próprio Evangelho sobre o qual estou a pregar foi traduzido para o português do grego. E não só: S. Marcos escreveu-o, fazendo já uma tradução. Os Israelitas falavam aramaico, mas, no Templo, falavam hebraico e, só para falar aos Romanos, usavam o grego. A nossa própria Bíblia é uma tradução de uma tradução.
O conhecimento disto é importante se queremos entender as Escrituras. Há palavras que lemos, palavras que nos parecem simples, mas que não significam aquilo que pensamos, e uma dessas palavras encontra-se, hoje, bem no meio do nosso Evangelho.
Para nós, o verbo curar significa “livrar alguém de doença por meio de adequado tratamento, ou sanar, ou restabelecer a saúde”[1]. Mas para os Judeus, “ser curado” tinha um significado muito diferente: significava “ser purificado”; significava “retomar a boa relação com Deus”. Uma pessoa impura não podia entrar no Templo, não podia louvar o Senhor com propriedade. A doença impura mais conhecida era a lepra, mas a lepra bíblica não era a mesma doença que nós conhecemos: a lepra bíblica podia ser lepra, sim, mas também podia ser herpes, ou até qualquer mancha luzidia da pele: qualquer doença de pele podia ser considerada lepra. E não era uma decisão tomada por um médico: era necessário ser tomada por um sacerdote, porque era um assunto religioso[2].
Também, qualquer coisa relacionada com o sangue podia ser impuro. Nas leis do Kashruth, que catalogam os animais puros e impuros[3], até dos animais puros, eles só podiam comer a carne, e nunca o sangue: antes de comer, era preciso tirarem todo o sangue, porque na lei bíblica, o sangue é considerado a base da vida [4].
Era por isso que mulheres eram consideradas impuras religiosamente depois do parto, ou durante sete dias depois do tempo do seu período: por causa do sangue perdido. E não era só a mulher que era impura: a impureza era contagiosa, e qualquer coisa que ela tocasse, quer a sua cama, quer uma cadeira, quer uma outra pessoa, ficava impura também. Se ela desse à luz um menino, durante um período de sete dias seguido de mais trinta e três, não podia tocar em nada de sagrado nem entrar no santuário, e se desse à luz uma menina, esse período era de sete dias mais sessenta e seis, porque uma menina, quando crescesse ia ser mulher, logo uma “base da vida”[5]. Parece paradoxal, mas aquela que era a base da vida também era impura. Os teólogos discutem muito acerca disto: há uns que acham que era devido ao sexismo da época, que uma menina tinha menos valor do que um menino, mas talvez fosse contrário: levava o dobro dos dias a uma mulher para se purificar por ter tido uma menina, precisamente porque ela podia vir a ser mãe. Se os judeus acreditavam que só Deus pode dar vida, e sabiam que eram somente as mulheres que davam vidas novas à luz, a importância das mulheres era maior, não menor, e por isso, elas precisavam de mais tempo para serem purificadas.
Uma outra causa de impureza não era a base da vida, mas a falta da vida. “Quem tocar no cadáver duma pessoa fica impuro, durante sete dias. No terceiro e no sétimo dias, deve aspergir-se com a água da purificação e então ficará puro. Aquele que tiver tocado no cadáver duma pessoa e não se tiver purificado, profana o santuário do Senhor e deve ser expulso da comunidade dos israelitas.”[6] E era ainda mais duro, devido ao mesmo contágio de impureza: qualquer outra pessoa que entrasse ou estivesse na casa aonde houvesse um cadáver, mesmo que tivesse morrido no momento, também ficava impuro.[7]
É preciso compreender tudo isto para entender o Evangelho que ouvimos hoje, para apreender quão estranho, quão maravilhoso, foram as coisas que Jesus fez. Quando Jesus e os seus discípulos chegaram à aldeia, estava á sua espera uma grande multidão. Um deles, um chefe da sinagoga chamado Jairo, apresentou-se, ajoelhou-se e pedia-lhe muito dizendo “A minha filha está a morrer. Vem, impõe as mãos sobre ela, para que se salve e viva!” Jesus foi com ele, e uma grande multidão o seguia, apertando-o de todos os lados.
Na meia desta multidão estava uma mulher que já há doze anos sofria duma doença, padecendo de uma perda de sangue. Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo quanto tinha, mas só piorava cada vez mais. Ela ouvia falar de Jesus como um homem santo, mas por causa da sua doença ela era impura, e nem lhe passava pela cabeça falar com Ele, ainda menos na presença de um dos chefes da sinagoga. Mas ainda tinha esperança: se pudesse só tocar nas roupas de Jesus, ficaria curada!
Abeirou-se por atrás de Jesus, no meio de multidão, e tocou-lhe na orla do seu manto. Imediatamente a hemorragia estancou e ela teve a certeza de estar curada. Mas Jesus sentiu que algum poder saiu d'Ele, voltou-se para trás, e perguntou: “Quem tocou as minhas vestes?”. A mulher ouviu, e ficou cheia do medo. Aproximou-se de Jesus, lançou-se-lhe aos pés, e contou-lhe toda a verdade. Mas Jesus disse-lhe: “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz, estás curada do teu mal”[8].
Isto era o oposto do Lei! A Lei dizia que esta mulher já estava impura há doze anos[9], por isso ela teve tanto medo quando Jesus perguntou: “Quem me tocou?”. Ela sabia que, normalmente, quando tocasse na roupa de Jesus, deixaria Jesus impuro também até à noite, e no mesmo momento que em estava a ir salvar a filha de Jairo, o chefe da sinagoga. Se Jesus ficasse impuro, não poderia nem sequer entrar na casa de Jairo!
Mas em vez de ficar impuro, Jesus purificou a mulher. Mais ninguém soube o que aconteceu: “curada do teu mal” não significava ‘curada da tua impureza’. Jesus sabia, e ela sabia, e isso era suficiente. Desta forma, ela podia retornar ao Templo, podia renovar a sua relação intíma com Deus, e louvar o Senhor como uma israelita pura, pela primeira vez em doze anos.
Infelizmente, no mesmo momento, chegaram algumas pessoas que vinham da casa de Jairo, anunciando: “Jairo, a tua filha já morreu. Não vale a pena incomodares mais o Mestre.” Ouvindo Jesus estas palavras, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: “Não temas; tem só fé!” Jairo já tinha demonstrado a sua fé quando se apresentou a Jesus pedindo a sua ajuda. Mas a fé que Jesus agora ordenava era uma fé que contínua, até quando parece que tudo está perdido.
Jesus não permitiu que mais ninguém o acompanhasse, além de Simão Pedro, Tiago, e João, o irmão de Tiago. Ao chegar a casa de Jairo, entrou e viu o alvoroço, os que choravam e faziam lamentações. Mas Jesus disse: “Para quê todo esse barulho e esses choros? A menina não está morta! Ela está só a dormir!”. E eles riam-se d'Ele. Contudo, tendo Jesus mandado todos para fora, menos os pais e os seus três discípulos, levou-os ao quarto onde a menina estava deitada.
Jesus segurou a mão da menina, e disse-lhe: “Talitha cumi”, que significa em aramaico: “Menina, levanta-te! Sou Eu que te digo!” E a menina, que tinha doze anos, levantou-se e começou a andar. Jesus ordenou-lhes severamente que não contassem nada a ninguém, e disse-lhes para darem de comer à menina.
Mais uma vez, o oposto da Lei! A palavra que S. Marcos usou em grego quando escreveu ‘levantou-se’ é a mesma palavra para ‘ressuscitar’. A menina estava morta e, normalmente, se alguém tocasse no cadáver dela ficaria impuro. Jesus segurou a sua mão e, em vez de ficar impuro, ela ficou viva!
Em cada uma das duas histórias, a da mulher com a perda de sangue e a da filha morta de Jairo, Jesus afirmou que a coisa mais importante era a fé. “Minha filha, a tua fé te salvou.” “Não te assustes, tem só fé!” Antes da Sua própria Ressurreição, não podia ser ainda a fé em Jesus Cristo como Deus e sim no Pai, mas a fé era essencial. A Lei foi dada aos israelitas por Deus, e eles precisavam de lhe obedecer; mas a Lei era para os humanos, e Deus não está ao abrigo da Lei. Jesus, verdadeiro homem, pregava as Boas Novas; Jesus, verdadeiro Deus, podia pedir milagres a seu Pai, milagres que iam contra as leis, quer da Bíblia quer da física, para aqueles que tinham fé.
Há uma outra lei bíblica que Jesus “quebrou”, exigindo fé: muita fé. A Lei hebraica, dada a Moisés por Deus, há capítulos inteiros sobre os animais puros e impuros[10], e não era só proibido tocar num cadáver humano, mas também no cadáver de qualquer animal proibido[11], ou dum animal puro que tivesse morrido naturalmente[12]. A proibição contra o sangue é repetida muitas vezes4. Mas na Última Ceia, na noite em que foi entregue, Jesus tomou pão, deu graças ao Senhor, e disse: “Tomem. Isto é o meu corpo.” Depois pegou no cálice, deu graças, e disse: “Isto é o meu sangue.”[13]
Isto é o meu corpo? Isto é o meu sangue? Isto é impossível! Não podia haver maior violação da Lei! Comer o corpo de Jesus? Beber o Seu sangue?
Para nós, dois mil anos mais tarde, não é assim tão estranho, mas para os Judeus, que foram discípulos do Senhor, era chocante, escandaloso. Eles precisavam de ter fé, fé completa, fé quase esmagadora, em Jesus, para ouvir e acreditar nestas palavras. Mas tinham. E, por causa da sua fé, nós, hoje, podemos partir o Pão que é o Corpo de Cristo, para participar no Corpo de Cristo.
Quando ouvimos histórias das curas miraculosas, como ouvimos no Evangelho hoje, é fácil pensar somente na cura física... e quando temos membros da família ou amigos com doenças graves, queremos, rezamos para que tenham a mesma cura. Entendo... é normal. De vez em quando, pensamos que Deus não ouve as nossas orações, quando as pessoas que nós amamos não melhoram. Não sei quantos vezes ouvi “A culpa é minha; eu não tenho fé suficiente”, ou “A culpa é de Deus, ou não me escuta, ou não existe.”
Mas a culpa não é nossa nem de Deus. Quando rezamos por uma cura, temos de nos lembrar que a cura de Deus não é só física... a cura menor de Deus é a parte física. A cura de Deus é termos uma boa relação com o Senhor, completa, de alma e coração. Os sintomas físicos são temporários. Ser parte do Corpo de Cristo é eterno. As dores passam, quer nesta vida, quer na vida que há-de vir. A cura de Deus pode ser física, mas também pode ser coragem face às aflições, e a fé que nos faz saber que, de boa ou má saúde, estamos ligados ao Corpo de Cristo, que é eterno.
Isto não é fácil: nós queremos que as pessoas vivam sem doenças, sem dor, sem morte. E Jesus Cristo, Deus que encarnou e viveu como homem, que morreu em agonia, que viu a dor da sua mãe quando contemplava o seu único filho a morrer... Jesus entende como isto para nós é difícil. É por isso que Ele ainda está aqui, connosco, na Santa Eucaristia no altar, e no Corpo de Cristo que é a Igreja. Uma parte da ‘cura’ de Deus é o amor da comunidade, bem como uma parte do trabalho da comunidade é o amor, e o apoio de todos os membros por todos os membros.
Não temam. Lembrem-se das palavras de Deus, “...eu nunca te esqueceria. Eis que estás gravada na palma das minhas mãos.”[14]

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ámen




Notas:
[1] Dicionário de Português, Beiks LLC, 1998, 2005
[2] Levítico 13, 1-46
[3] Levítico 11, 1-46
[4] Génesis 9, 3-4; Levítico 7, 26-27; Deuteronómio 12, 23-25, e outros
[5] Levítico 12, 1-8; S. Lucas 2, 22 (caso da Virgem Maria ao nascimento de Jesus)
[6] Números 19, 11-13
[7] Números 19, 14
[8] S. Marcos 5, 25:34
[9] Levítico 15: 25-27
[10] Levítico 11; Deuteronómio 14
[11] Levítico 11, 24, 31-15
[12] Levítico 11, 39-40
[13] S. Mateus 26, 26-28; S. Marcos 14, 22-24; S. Lucas 22, 19-20; S. João 6, 53-56; 1 Coríntios 11, 23-26
[14] Isaías 49, 15b-16

12o Domingo Comum, 21.06.09 [Ano B]

12o Domingo Comum, 21.06.09 [Ano B]
Igreja do Redentor, Porto
Cónego Dr. Francisco Carlos Zanger

«Que as palavras da minha boca e a meditação dos nossos corações, sejam agradáveis perante Ti Senhor, nossa Rocha e nosso Redentor; em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». Ámen.

Para entender este Evangelho, é preciso lembrar exactamente quem eram os discípulos do Nosso Senhor, e os primeiros quatro em particular, os quatro homens que Jesus encontrou quando estava a caminhar junto o lago da Galileia[1]. Os primeiros foram: Simão e seu irmão, André, e pouco tempo depois, mais dois irmãos, Tiago e João, os filhos de Zebedeu. Cada um dos quatro era um pescador profissional[2].

Também, como é dito no Evangelho de São João, depois da Ressurreição, quando sete dos onze Discípulos estavam numa casa à beira do Lago Tiberíades (o nome Romano para o lago da Galileia[3]), Simão Pedro disse aos outros, “Vou pescar,” e todos os outros quiseram ir também. Eles todos saíram da casa e meteram-se num barco, aonde passava a noite inteira, mas sem sorte[4].

Estes eram homens quem sabiam muito de barcos, sabiam muito do mar. Não eram “caloiros de passeio de barco”, para ficarem assustados com um pouco de vento ou umas ondinhas no lago. O lago da Galileia é famoso para suas tempestades inesperadas: na altura, e até nos nossas dias, pescadores profissionais morem afogados neste lago[5]. Ora, se os Discípulos, incluindo pelo menos quatro pescadores profissionais que bem conheciam este lago e os seus perigos estavam com medo, se eles achavam que estavam perdidos, era porque tinham razão.
Eles estavam quase maluco com medo, e seu Mestre, Jesus, estava... a dormir? As ondas eram tão altas que subiam por cima do barco, que se estava a encher de água, e Jesus continuava com a sua cabeça deitada na almofada! Eles despertaram-no, e perguntou, “Mestre, não vês que estamos perdidos?”

Então, Jesus levantou-se no barco (e, eu, que fui um capelão na marinha militar, posso dizer que até isso, de balançar de pé num barco no meio de uma tempestade, é quase um milagre!), e repreendeu o vento e disse ao vento, “Parem! Acalmem-se!”. Imediatamente o vento cessou, e seguiu-se grande bonança. E Jesus voltou-se para os Discípulos e perguntou-lhes: “Por que é que vocês têm medo? Ainda não tem fé?”.

Mas em vez de fé, eles, que eram ainda Discípulos recentes de Jesus, estavam era de facto com mais medo do que antes... eles podiam entender uma tempestade, mas quem era este homem que até mandava no vento e nas ondas?

Levou muito tempo para eles entenderem a resposta: o medo do Discípulos que ouvimos hoje no quarto capítulo do Evangelho do S. Marcos, quando eles afirmavam: “Quem é este homem, que até manda no vento e nas ondas?”, mudou no oitavo capítulo para a afirmação “Tu és o Messias!”[6]. Uma coisa é seguir o Senhor, ser membro da Igreja. Outra coisa é, ter a fé tão integrada na nossa vida, na nossa mente e alma que nem pensamos no medo.

É fácil ter medo, porque o mundo é medroso. Vivemos em tempos difíceis, assustadores. É a época dos “sustos grandes”, quase como uma guia alfabético: “A é para “Abrigo”: Por causa das guerras em Darfur e no Congo, há milhares das pessoas vivendo em campos de refugiados em África, mas também há muitos outros milhares mais sem-abrigo em todos os cantos do mundo: na China, há ‘refugiados nacionais’, camponeses que mudaram ilegalmente das cidades para procurar trabalho, trabalho que não existe mais; nas Américas do Sul e do Norte, com as favelas do Rio e com os pobres dos Estados Unidos, um país rico que não faz muito pelo seus pobres, e no México, e aqui na Europa, e não só no Leste mas em todo lado, incluindo aqui em Portugal.

“B é para Bombas” : o Correia do Norte está uma vez mais a brincar com armas atómicas e mísseis balísticos... a agora o Irão quer os mesmos brinquedos também. O trafico em armas, quer para governos quer para “movimentos revolucionários” quer para gangues e criminosos, é um dos únicos negócios que o Crise não afectou.

“C é para Crise” : Claro que é. A Crise mundial, que começou com uma mistura da avidez e de estupidez nos mercados de hipotecas americanas e mudou rapidamente para todos os mercados e bolsos do mundo, é um desastre para a maioria do mundo. Alguns dos ricos estão um pouco menos ricos, mas agora ninguém sabe quantas pessoas da classe média estão desempregadas, e para a classe operária, agora que tantas fábricas estão a fechar depois de passarem três ou quatro meses sem pagarem aos seus trabalhadores, são mesmos tempos difíceis estes.

“D é para Doença” : Os jornais e a televisão estão cheios de notícias sobre a pandemia de Gripe A H1N1, e cada dia que passa ouvimos mais noticias. Há somente três doentes no país inteiro, e cada um foi infectado fora do Portugal (um no Canada, outro nos Estados Unidos, e outro no México), mas é ainda uma gripe assustadora, porque está na televisão quase todos os dias, como estavam as doenças da vaca louca e a gripe das aves dos anos passados. Ao mesmo tempo, há outras doenças mais graves, mais perigosas, como a SAMR (‘staphylocci aurea, methicilina-resistente), uma infecção propagada nos hospitais que não está a reagir bem aos tratamentos antibióticos.

“E é para Ecologia” : Todo o mundo sabe que o clima está mudando, e se o aquecimento global continua, o Oceano Glacial Árctico vai continuar a derreter-se, de dissolver-se, e os níveis de água nos Oceanos Atlântico e Pacífico vão crescer... e daqui a mais um ou dois séculos, todas as cidades do mundo situadas à beira dos mares vão ser inundadas: no lado Atlântico, serão Lisboa e Porto na Europa, claro, e Amsterdão e Estocolmo, Valência e Barcelona, e Roma e Atenas, e tantas outras. Em África, Bissau vai desaparecer, juntamente com todas as maiores cidades de África ocidental, de Marrocos até África do Sul: Casablanca e Abidjan, Luanda e Cape Town, todas inundadas, pouco a pouco. Do outro lado do Atlântico, vai ser a mesma coisa: nas Américas, via ser um desastre: Halifax e Newfoundland em Canada, Boston, Nova Iorque e Philadelphia, Charleston e Miami, New Orleans (que já foi quase destruída pela furacão ‘Katrina’) e Houston; Tampico e Vera Cruz em México, e na América do Sul Caracas e Belém, Recife e Salvador, Rio e Porto Alegre, Montevideo e Buenos Aires... todas inundadas, perdidas.

Eu nem preciso de fazer uma lista das cidades no lado do Oceano Pacífico: é só preciso lembrar que a maioria da população do mundo vive na Índia e na China, e a maioria deles vivem perto do mar. Também, não falei sobre ilhas como a Madeira ou os Açores, ou Cabo Verde ou as ilhas Caraíbas como Cuba e Haiti, ou no Pacífico, as nações de Oceânia ou Japão... não é somente o facto cientistas pensaram que estas ilhas se vão afundar completamente, numas delas o processo já começou... faz três ou quatro anos desde que a pequena ilha nação de Nauru, ao nordeste de Austrália, tinha de evacuar a maioria dos seus cidadãos a Novo Zelândia, porque um grande parte do país estava debaixo da água!

Basta com isto. “F é para Fé” : É verdade que é fácil, acreditar que estamos em pleno mar, no meio de uma tempestade terrível. É verdade que é fácil, e é fácil porque é verdade. Todas as coisas na minha lista: os sem tecto, a multiplicação dos mercados dos armamentos mundial e o programa nuclear do Correia do Norte, a crise económica mundial, a facilidade com que as doenças graves podem ser transmitidas nesta altura do tráfego aéreo, e o mais assustador de tudo, as mudanças da clima mundial... cada um é verdadeiramente terrível, e juntas são mesmo verdadeiramente assustadoras.

Mas o tempestade no lago da Galileia foi também verdadeiramente assustador, e os pescadores profissionais estavam verdadeiramente assustados... mas Jesus Cristo ficou a dormir no meio do vento, da água no barco, do ruído do vento, com sua cabeça reclinada numa almofada.
Durante dois mil anos desde a tempestade, não havia tempo nenhum quando era “tempo boa”. As coisas podem dar a impressão de serem piores agora, por causa das comunicações mundiais: com a Internet, nós podemos ver fotos de um terramoto em Japão com quase o mesmo rapidez do que as Japoneses, e também fotos das crianças carenciadas em África, de um ataque militar em Iraque, de um choque na auto-estrada, e não sei que mais, sem sairmos das nossas cadeiras.
E com tudo isso, parece que o mundo está numa situação terrível, que está a afundar-se, e que nós todos vamos afogar a qualquer minuto... e que Jesus continua ainda a dormir, com a sua cabeça reclinada numa almofada.

Mas quando quero resmungar, tenho de me lembrar que a única razão pela qual Jesus estava a dormir era pelo facto de Ele saber que não havia verdadeiramente nenhum problema: o barco não estava em perigo de se afundar com Jesus lá dentro... e nós que somos o Corpo de Cristo também não estamos em perigo de nos afundar.

Tal não significa dizer que ‘ser-se Cristão é de ter uma vida perfeita”... todos nós já sabemos que isso não é verdade. Mas “ser-se Cristão” nunca foi somente um dos aspectos da vida neste mundo, e também uma vida fácil e simples nunca foi uma das promessas de Cristo.
Na porção da Segunda Carta que São Paulo escreveu aos Coríntios que ouvimos hoje, Paulo nem sequer falou sobre a vida dos Cristãos neste mundo, mas sobre uma das coisas mais importantes: a nossa relação com Deus. A nossa vida neste mundo é temporária, mas a nossa relação com Deus é eterna. É por isso que Paulo disse, “Em nome de Cristo vos peço, irmãos, que se reconciliem com Deus.”

Esta reconciliação só se realiza em Cristo. Não há nada que nós possamos fazer para nos reconciliarmos sozinhos, mas a boa noticia é que não precisamos. O Filho Unigénito do Pai, que nunca tinha cometido pecado, Deus o fez pecado por nós, para que n’Ele nos tornássemos justiça de Deus.

Ora: isso não é “justiça”. ‘Justiça’ é quando nós pagamos pelos nossos próprios pecados. Não, tal não é justiça: é Amor.

É por isso que S. Paulo escreveu, “...peço-vos que não recebais a graça de Deus em vão.” A comunidade dos Coríntios já era Cristã: isto não é um convite aos pagãos para se converterem e receber a graça de Deus. Não, isso foi escrito para os Cristãos, para pessoas como nós.
A graça de Deus foi-nos dada pelo amor do Deus, e para a não recebermos em vão, precisamos de responder com o mesmo amor, amor para Deus e para com toda a Sua Criação (e temos de nos lembrar que, na minha lista das coisas assustadores, elas são quase todas provocadas pela nossa culpa, a de humanos feitos á Imagem de Deus, e, se quisermos, somos capazes de arranjar, de aperfeiçoar muitos dos problemas!).

Temos de responder, com amor, ao Amor de Deus, e de nos lembraram sempre que vivemos no amor de Deus. S. Paulo citou as palavras do Profeta Isaías, “Eis o que diz o Senhor: No tempo da graça eu te atenderei, no dia da salvação eu te socorrerei.”[7]

É por isso que, num mundo cheio de coisas assustadoras, nós podemos olhar a tempestade de nosso barco sem nos assustar. Sabemos que nós temos o amor de Nosso Senhor sempre connosco. Sabemos que temos o Corpo de Cristo, a Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica, sempre connosco. Sabemos que, quando o vento é de mais, e as ondas começam a entrar no barco, não estamos sozinhos, e nunca seremos abandonados por Jesus Cristo, que como a Palavra[8], nós criou, e enquanto no Cristo que não conheceu pecado, aceitou de ser tratado como pecador, para nos salvar.

E por isso, damos graças a Deus.

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ámen.



Notas:
[1] S. Mateus 4, 18
[2] S. Mateus 4, 18-22; S. Marcos 1, 14-20; S. Lucas 5, 1-11
[3] The Macmillan Bible Atlas, 2º Edição,Y. Aharoni e M. Avi-Yonah, Macmillan Publishing, New York, 1968, 1977
[4] S. João 21, 1-3
[5] The Interpreter’s One-Volume Commentary on the Bible, C.M. Laymon, Editor, Abingdon Press, Nashville, 1988
[6] S. Marcos 8:
[7] Isaías 49, 8
[8] S. João 1, 1

03 June 2009

Be Clear:"Anti-Abortion" is NOT the same as "Pro-Life"

Following the murder of abortion clinic Dr. George Tiller in the Lutheran church where he worshipped, I have been reading many of the on-line news and journal articles, blogs, etc, along with the varied responses that people have written. I am deeply bothered by the tenor of many of the comments I've read. The Pro-Life movement cannot but do itself damage in the eyes of those still undecided on the issue of legalizing abortion by continuing to attack George Tiller after his murder. Whatever he did during his life he is no longer doing (thank God!). He is no longer an abortionist; he is a sinner in the hands of God, awaiting the judgment of Christ Jesus. If we continue to vilify him after he was murdered, we create a martyr to 'their' cause, and by our very language drive those who are undecided to the wrong side.
Rather, if we are indeed Pro-Life (and not merely social conservatives, who are against abortion but also against pre-natal care, support the death penalty, etc.), then the better response is this: George Tiller was indeed a sinner, and that we pray that he has repented; Scott Roeder, accused of murdering him, is, if guilty, by definition NOT Pro-Life, because you cannot be Pro-Life and commit murder.
Do not attempt, we must say, to tarnish the Pro-Life movement with the actions of someone who was not pro-life. We believe that only God has the right to determine when we are born and when we die; the killer of George Tiller believed that he had that right. Therefore, he is not one of us... don't mistake him for us, or use his actions to try to tarnish ours.
To be truly Pro-Life is to believe that only God has the right to decide when our lives may begin or end. 'Life' includes everything from conception to death, and if we are truly Pro-Life then we must demonstrate our care for our brothers and sisters throughout their entire lives, and not limit our care to the as yet unborn. To be truly Pro-Life is to do everything in our ability not merely to fight against abortion (although that is essential) and against the death penalty, but to do everything in our power to ensure that people are fed when they hunger, given drink when they thirst, cared for when they are sick, clothed when they are naked, visited when imprisoned... knowing that whatever we do for the very least of these, Christ's brothers, we do for Him (St. Matthew 25:31-40). It is on this that we shall be judged... and on all of this. We know, because Jesus was quite specific about what his His criteria will be during the Final Judgment. We shall be judged by Love, in love, for how well we have loved.
By that standard, the man who killed George Tiller was not Pro-Life. He may have been "anti-abortion", but that is not the same thing. Christ calls us to be Pro-Life in response to His gift of life, but by definition "Pro-Life" does not, aand cannot, limit itself to 'fetal life'... as the old joke goes, we who are Christian believe that there is indeed life after birth.
If we wish to convince those who are not already on our side, we must simply deny that the killer was Pro-Life at all. He might be anti-abortion, or simply mentally deranged (or most likely both), but he demonstrated he was not one of us by his actions. To be Pro-Life is to respond with love to God's love. We will convince no one by emphasizing the more bloodthirsty quotations from the Old Testament ("Break their teeth, O God, in their mouth..." and "If a man does not repent, God will whet his sword; he has bent and readied his bow; he has prepared for him his deadly weapons, making his arrows fiery shafts"), particularly when the quotes in question are asking God to take action-- not encouraging us to take it ourselves.
We are far more likely to increase support for the Pro-Life movement (and evangelize) if we emphasize that the movement exists as a loving response to God's love for all of us, that we believe that only God may choose the hour and day of our death, and that we are Pro-Life in response to the God who loved us enough to create us, to become incarnate as one of us (and Jesus didn't come into the world at Christmas-- He who is fully God spent His first nine months, fully human, in the womb of His Blessed Mother), to live as one of us and finally to die, horribly, on the Cross, that we might live. Being Pro-Life isn't enough, is response to that incredibly loving gift of God, but nothing we can do would be enough. I am certainly not an abortionist, but I am a sinner, and for me to say that my sins are somehow 'okay' while George Tiller's were not would simply mean I hadn't paid attention in Sunday School. Parsing which sins are worse than others is a waste of time-- 'All have sinned and fallen short of the grace of God'.
Tiller's killer proved that he was no friend of the Pro-Life movement when he chose to take life. We must prove ourselves better, if we wish to change hearts and minds. It is only be attracting enough people to that which we believe-- by making it so clearly attractive a way of life and (as they used to say in seminary) 'belief structure' (and not by dumbing it down, but rather by truly emphasizing the theological heart of the Christological message), that they want to join with us.
And as they join with us, the laws will change ,and lives will be saved in addition to souls, because the politicians will always follow the votes.
Pax!

Ad te clamámus, éxsules filii Evæ!

10 March 2009

A letter sent to Pres. Obama and my Senators and Representative

March 10th, 2009

While I may be far from being a political socialist or even a liberal Democrat (as a devout Christian, I cannot support the liberal's stance on abortion, for example), for the same reason I believe that Americans should be willing to fund a program ensuring that everyone can have access to health care--because to do otherwise is not merely unChristian, but also bad politics.
The funds which we don't spend on preventive health care for the poor we end up spending on far more costly emergency care and/or serious health problems later on. The untreated poor infect the insured middle-class and wealthy, thus ensuring that all of our health care premiums continue torise. The single mom whose job doesn't provide insurance, or sufficient insurance, for her to keep her children healthy still sends those children to school, where they spread diseases that univeral health care could have stopped.
I am currently volunteering in Portugal, the poorest country in western Europe. It still manages to provide basic health care for all of itscitizens. This doesn't mean that there aren't private doctors and hospitals as well, for those with their own funds-- but it does mean that the overall health of the nation's population is better, and thus so is its productivity. In these difficult financial times, we cannot afford NOT to provide basic health care for every man, woman and child in America.
Sincerely,
Canon Francis C. Zanger

04 March 2009

Dealing With Alzheimer’s Losses: Four Tasks

Dealing With Alzheimer’s Losses: Four Tasks

© Fr. Francis C. Zanger, D.Min., CT



Watching a loved one, a husband or wife, mother or father, descend into Alzheimer’s can be a painful, life-shattering experience. Hopes and hopes dashed, prayers seemingly unanswered, the ongoing pain of watching a once active, vibrant person, with a once sharp mind, slowly, insidiously, begin to decline… Alzheimer’s is one of the hardest diseases to deal with for many family members.
In many ways, the emotional response of family members to Alzheimer’s is similar to mourning a death, yet made more complicated, more painful, by the patient’s continued presence… and by the knowledge that the patient will probably die of the disease, forcing grief to begin all over again. Dr. J. William Worden, a psychologist at the Harvard Medical School, is one of America’s top experts on grief, and I am adapting some of my ideas in this brief article from his book, Grief Counseling and Grief Therapy[1].
Dr. Worden writes of Four Tasks of mourning, which are,
Accept the reality of the loss
Experience the pain of grief
Adjust to the environment in which the deceased is missing, and
To withdraw emotional energy and reinvest it in another relationship.
While designed to describe the tasks that are necessary for a mourner to work through the death of a loved one, they may also describe ways in which the loved ones and caregivers of Alzheimer’s patients may take care of themselves through what may be a slow, gradual loss of their loved one, but a loss none the less.
The first task, to accept the reality of the loss, may be difficult because of the disease’s slow, insidious onset. When the symptoms of Alzheimer’s begin, they may appear minor and unimportant. It’s easy to accept that, “Grandma’s just a little scatterbrained sometimes—she can never remember where she left her car keys.” We naturally look for the best possible face to put on it, so “He’s just a little absent minded sometimes,” is much easier, much safer to think about, than having to face an Alzheimer’s diagnosis. And once we establish that “absent-minded” is okay, it’s easy to go on to, “He just got more set in his ways when he got older,” when we’re explaining why he doesn’t want to deal with unfamiliar surroundings or people, and when we look for excuses (her eyesight, the changed forms) when trying to explain why Mom can no longer balance the checkbook.
Accepting the loss, though, is important for both the patient and the caregiver. Early diagnosis gives the patient access to medications that may act to delay the onset of worse symptoms, enabling the patient to live a normal life longer. For the caregiver, it is also important—by accepting the reality of the diagnosis, by escaping the normal human desire to deny the painful truth, the family member will be better able to care for the patient, and will also escaped the psychic stress of having to come up with excuses for each new symptom as it emerges.
That said, accepting the diagnosis can be painful. The second task, experiencing the pain and grief, is important too. It is okay—it is normal—to feel real hurt and grief in the face of Alzheimer’s. I would add another normal, appropriate emotion—it’s okay to be angry as well. In the face of their loved one’s deterioration, family members and caregivers may get angry at themselves, angry at the patient, angry at God. That anger is normal. Alzheimer’s is a terrible disease, slowly robbing the patient of ability after ability, strength after strength, until there may be nothing left but an empty shell, and worse, an empty shell that still looks like the person you loved.
You may also feel guilty—guilty for not having noticed the symptoms quicker, guilty for finding enjoyment in activities the patient can no longer do, guilty because there have been times, in your frustration and pain, you may even have wished the patient would just die and get it over with. It’s important to remember—Alzheimer’s is not your fault! There is nothing you could do to cause it, and virtually nothing you can do to slow its progress by much. Your having dinner with friends, your seeing a movie, isn’t going to make the patient any worse, but the time away may recharge your batteries for dealing with the patient’s symptoms.
Don’t try to bottle up the feelings or deny them… they are real, and appropriate. Be willing to accept help, not just with caring for the patient, although for patients living at home Hospice or home health care nurses can be tremendously helpful, particularly in the later stages of the disease, but accept help for yourself as well. Take advantage of Respite Care, places that will watch over your loved one in order to give you a break to go shopping or to a movie. Take advantage of support groups. With Alzheimer’s, family members and caregivers can feel terribly alone. There can be tremendous benefit just in being with people who really understand what you’re going through because they’re going through it themselves.
Dr. Worden’s third task for mourning a death is to adjust to an environment in which the deceased is missing. With Alzheimer’s, although the patient isn’t dead, he or she may slowly, inexorably seem to become more and more “missing”, week by week and month by month. The adjustments are thus ongoing. In a family where the patient always took care of the finances, the caregiver must now take over the checkbook and figure out how to pay the bills. In a family that once had an active social life, visiting with other couples, going out to eat or to movies, perhaps traveling together—all that must be changed, must be readjusted because of the Alzheimer’s... and readjusted again and again as the disease progresses and the patient becomes less capable.
The fourth task might on the face of it seem not to apply, but it does. Dr. Worden says it’s to withdraw emotional energy and reinvest it in another relationship. What’s important to understand is that this task does not mean to “replace” the husband or wife with a new mate! Rather in dealing with a loved one with Alzheimer’s, it’s important to recognize that all the emotional energy you’ve put into the way the relationship was pre-disease must be shifted to the new reality—to the way the relationship now is.
If some of the happiest times in your relationship came from playing as partners in a competitive bridge club, or having the patient drive you on long country drives, then it is important to focus more on the activities you can still share, rather than emphasizing the things that you have lost. Try to reinvest your energy in the things which continue to be positive and life-giving. This may not be easy, and you may and will still miss some of the things which have been lost, but that’s okay.
Loving someone who has Alzheimer’s can be challenging just by the nature of the disease. It is helpful to remember that it’s important to take care of yourself, in order to be best able to help the one you love. Utilizing these Four Tasks is one way you can do that, in the face of the tremendous challenges with which you have been confronted by Alzheimer’s disease.


Fr. Francis C. Zanger, D.Min is the Bereavement Coordinator at Heartland Hospice in Charleston, SC. An Episcopal priest and retired Navy chaplain, he is an ADEC Certified Thanatologist (Death, Dying and Bereavement) and a Diplomate of the American Academy of Experts in Traumatic Stress.
[1] Grief Counseling and Grief Therapy: A Handbook for the Mental Health Practitioner, 3d Edition, Worden, J. W., Springer Publishing Co., New York, NY, 2002
Powered By Blogger

Followers