12o Domingo Comum, 21.06.09 [Ano B]
Igreja do Redentor, Porto
Cónego Dr. Francisco Carlos Zanger
«Que as palavras da minha boca e a meditação dos nossos corações, sejam agradáveis perante Ti Senhor, nossa Rocha e nosso Redentor; em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». Ámen.
Para entender este Evangelho, é preciso lembrar exactamente quem eram os discípulos do Nosso Senhor, e os primeiros quatro em particular, os quatro homens que Jesus encontrou quando estava a caminhar junto o lago da Galileia[1]. Os primeiros foram: Simão e seu irmão, André, e pouco tempo depois, mais dois irmãos, Tiago e João, os filhos de Zebedeu. Cada um dos quatro era um pescador profissional[2].
Também, como é dito no Evangelho de São João, depois da Ressurreição, quando sete dos onze Discípulos estavam numa casa à beira do Lago Tiberíades (o nome Romano para o lago da Galileia[3]), Simão Pedro disse aos outros, “Vou pescar,” e todos os outros quiseram ir também. Eles todos saíram da casa e meteram-se num barco, aonde passava a noite inteira, mas sem sorte[4].
Estes eram homens quem sabiam muito de barcos, sabiam muito do mar. Não eram “caloiros de passeio de barco”, para ficarem assustados com um pouco de vento ou umas ondinhas no lago. O lago da Galileia é famoso para suas tempestades inesperadas: na altura, e até nos nossas dias, pescadores profissionais morem afogados neste lago[5]. Ora, se os Discípulos, incluindo pelo menos quatro pescadores profissionais que bem conheciam este lago e os seus perigos estavam com medo, se eles achavam que estavam perdidos, era porque tinham razão.
Eles estavam quase maluco com medo, e seu Mestre, Jesus, estava... a dormir? As ondas eram tão altas que subiam por cima do barco, que se estava a encher de água, e Jesus continuava com a sua cabeça deitada na almofada! Eles despertaram-no, e perguntou, “Mestre, não vês que estamos perdidos?”
Então, Jesus levantou-se no barco (e, eu, que fui um capelão na marinha militar, posso dizer que até isso, de balançar de pé num barco no meio de uma tempestade, é quase um milagre!), e repreendeu o vento e disse ao vento, “Parem! Acalmem-se!”. Imediatamente o vento cessou, e seguiu-se grande bonança. E Jesus voltou-se para os Discípulos e perguntou-lhes: “Por que é que vocês têm medo? Ainda não tem fé?”.
Mas em vez de fé, eles, que eram ainda Discípulos recentes de Jesus, estavam era de facto com mais medo do que antes... eles podiam entender uma tempestade, mas quem era este homem que até mandava no vento e nas ondas?
Levou muito tempo para eles entenderem a resposta: o medo do Discípulos que ouvimos hoje no quarto capítulo do Evangelho do S. Marcos, quando eles afirmavam: “Quem é este homem, que até manda no vento e nas ondas?”, mudou no oitavo capítulo para a afirmação “Tu és o Messias!”[6]. Uma coisa é seguir o Senhor, ser membro da Igreja. Outra coisa é, ter a fé tão integrada na nossa vida, na nossa mente e alma que nem pensamos no medo.
É fácil ter medo, porque o mundo é medroso. Vivemos em tempos difíceis, assustadores. É a época dos “sustos grandes”, quase como uma guia alfabético: “A é para “Abrigo”: Por causa das guerras em Darfur e no Congo, há milhares das pessoas vivendo em campos de refugiados em África, mas também há muitos outros milhares mais sem-abrigo em todos os cantos do mundo: na China, há ‘refugiados nacionais’, camponeses que mudaram ilegalmente das cidades para procurar trabalho, trabalho que não existe mais; nas Américas do Sul e do Norte, com as favelas do Rio e com os pobres dos Estados Unidos, um país rico que não faz muito pelo seus pobres, e no México, e aqui na Europa, e não só no Leste mas em todo lado, incluindo aqui em Portugal.
“B é para Bombas” : o Correia do Norte está uma vez mais a brincar com armas atómicas e mísseis balísticos... a agora o Irão quer os mesmos brinquedos também. O trafico em armas, quer para governos quer para “movimentos revolucionários” quer para gangues e criminosos, é um dos únicos negócios que o Crise não afectou.
“C é para Crise” : Claro que é. A Crise mundial, que começou com uma mistura da avidez e de estupidez nos mercados de hipotecas americanas e mudou rapidamente para todos os mercados e bolsos do mundo, é um desastre para a maioria do mundo. Alguns dos ricos estão um pouco menos ricos, mas agora ninguém sabe quantas pessoas da classe média estão desempregadas, e para a classe operária, agora que tantas fábricas estão a fechar depois de passarem três ou quatro meses sem pagarem aos seus trabalhadores, são mesmos tempos difíceis estes.
“D é para Doença” : Os jornais e a televisão estão cheios de notícias sobre a pandemia de Gripe A H1N1, e cada dia que passa ouvimos mais noticias. Há somente três doentes no país inteiro, e cada um foi infectado fora do Portugal (um no Canada, outro nos Estados Unidos, e outro no México), mas é ainda uma gripe assustadora, porque está na televisão quase todos os dias, como estavam as doenças da vaca louca e a gripe das aves dos anos passados. Ao mesmo tempo, há outras doenças mais graves, mais perigosas, como a SAMR (‘staphylocci aurea, methicilina-resistente), uma infecção propagada nos hospitais que não está a reagir bem aos tratamentos antibióticos.
“E é para Ecologia” : Todo o mundo sabe que o clima está mudando, e se o aquecimento global continua, o Oceano Glacial Árctico vai continuar a derreter-se, de dissolver-se, e os níveis de água nos Oceanos Atlântico e Pacífico vão crescer... e daqui a mais um ou dois séculos, todas as cidades do mundo situadas à beira dos mares vão ser inundadas: no lado Atlântico, serão Lisboa e Porto na Europa, claro, e Amsterdão e Estocolmo, Valência e Barcelona, e Roma e Atenas, e tantas outras. Em África, Bissau vai desaparecer, juntamente com todas as maiores cidades de África ocidental, de Marrocos até África do Sul: Casablanca e Abidjan, Luanda e Cape Town, todas inundadas, pouco a pouco. Do outro lado do Atlântico, vai ser a mesma coisa: nas Américas, via ser um desastre: Halifax e Newfoundland em Canada, Boston, Nova Iorque e Philadelphia, Charleston e Miami, New Orleans (que já foi quase destruída pela furacão ‘Katrina’) e Houston; Tampico e Vera Cruz em México, e na América do Sul Caracas e Belém, Recife e Salvador, Rio e Porto Alegre, Montevideo e Buenos Aires... todas inundadas, perdidas.
Eu nem preciso de fazer uma lista das cidades no lado do Oceano Pacífico: é só preciso lembrar que a maioria da população do mundo vive na Índia e na China, e a maioria deles vivem perto do mar. Também, não falei sobre ilhas como a Madeira ou os Açores, ou Cabo Verde ou as ilhas Caraíbas como Cuba e Haiti, ou no Pacífico, as nações de Oceânia ou Japão... não é somente o facto cientistas pensaram que estas ilhas se vão afundar completamente, numas delas o processo já começou... faz três ou quatro anos desde que a pequena ilha nação de Nauru, ao nordeste de Austrália, tinha de evacuar a maioria dos seus cidadãos a Novo Zelândia, porque um grande parte do país estava debaixo da água!
Basta com isto. “F é para Fé” : É verdade que é fácil, acreditar que estamos em pleno mar, no meio de uma tempestade terrível. É verdade que é fácil, e é fácil porque é verdade. Todas as coisas na minha lista: os sem tecto, a multiplicação dos mercados dos armamentos mundial e o programa nuclear do Correia do Norte, a crise económica mundial, a facilidade com que as doenças graves podem ser transmitidas nesta altura do tráfego aéreo, e o mais assustador de tudo, as mudanças da clima mundial... cada um é verdadeiramente terrível, e juntas são mesmo verdadeiramente assustadoras.
Mas o tempestade no lago da Galileia foi também verdadeiramente assustador, e os pescadores profissionais estavam verdadeiramente assustados... mas Jesus Cristo ficou a dormir no meio do vento, da água no barco, do ruído do vento, com sua cabeça reclinada numa almofada.
Durante dois mil anos desde a tempestade, não havia tempo nenhum quando era “tempo boa”. As coisas podem dar a impressão de serem piores agora, por causa das comunicações mundiais: com a Internet, nós podemos ver fotos de um terramoto em Japão com quase o mesmo rapidez do que as Japoneses, e também fotos das crianças carenciadas em África, de um ataque militar em Iraque, de um choque na auto-estrada, e não sei que mais, sem sairmos das nossas cadeiras.
E com tudo isso, parece que o mundo está numa situação terrível, que está a afundar-se, e que nós todos vamos afogar a qualquer minuto... e que Jesus continua ainda a dormir, com a sua cabeça reclinada numa almofada.
Mas quando quero resmungar, tenho de me lembrar que a única razão pela qual Jesus estava a dormir era pelo facto de Ele saber que não havia verdadeiramente nenhum problema: o barco não estava em perigo de se afundar com Jesus lá dentro... e nós que somos o Corpo de Cristo também não estamos em perigo de nos afundar.
Tal não significa dizer que ‘ser-se Cristão é de ter uma vida perfeita”... todos nós já sabemos que isso não é verdade. Mas “ser-se Cristão” nunca foi somente um dos aspectos da vida neste mundo, e também uma vida fácil e simples nunca foi uma das promessas de Cristo.
Na porção da Segunda Carta que São Paulo escreveu aos Coríntios que ouvimos hoje, Paulo nem sequer falou sobre a vida dos Cristãos neste mundo, mas sobre uma das coisas mais importantes: a nossa relação com Deus. A nossa vida neste mundo é temporária, mas a nossa relação com Deus é eterna. É por isso que Paulo disse, “Em nome de Cristo vos peço, irmãos, que se reconciliem com Deus.”
Esta reconciliação só se realiza em Cristo. Não há nada que nós possamos fazer para nos reconciliarmos sozinhos, mas a boa noticia é que não precisamos. O Filho Unigénito do Pai, que nunca tinha cometido pecado, Deus o fez pecado por nós, para que n’Ele nos tornássemos justiça de Deus.
Ora: isso não é “justiça”. ‘Justiça’ é quando nós pagamos pelos nossos próprios pecados. Não, tal não é justiça: é Amor.
É por isso que S. Paulo escreveu, “...peço-vos que não recebais a graça de Deus em vão.” A comunidade dos Coríntios já era Cristã: isto não é um convite aos pagãos para se converterem e receber a graça de Deus. Não, isso foi escrito para os Cristãos, para pessoas como nós.
A graça de Deus foi-nos dada pelo amor do Deus, e para a não recebermos em vão, precisamos de responder com o mesmo amor, amor para Deus e para com toda a Sua Criação (e temos de nos lembrar que, na minha lista das coisas assustadores, elas são quase todas provocadas pela nossa culpa, a de humanos feitos á Imagem de Deus, e, se quisermos, somos capazes de arranjar, de aperfeiçoar muitos dos problemas!).
Temos de responder, com amor, ao Amor de Deus, e de nos lembraram sempre que vivemos no amor de Deus. S. Paulo citou as palavras do Profeta Isaías, “Eis o que diz o Senhor: No tempo da graça eu te atenderei, no dia da salvação eu te socorrerei.”[7]
É por isso que, num mundo cheio de coisas assustadoras, nós podemos olhar a tempestade de nosso barco sem nos assustar. Sabemos que nós temos o amor de Nosso Senhor sempre connosco. Sabemos que temos o Corpo de Cristo, a Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica, sempre connosco. Sabemos que, quando o vento é de mais, e as ondas começam a entrar no barco, não estamos sozinhos, e nunca seremos abandonados por Jesus Cristo, que como a Palavra[8], nós criou, e enquanto no Cristo que não conheceu pecado, aceitou de ser tratado como pecador, para nos salvar.
E por isso, damos graças a Deus.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ámen.
Notas:
[1] S. Mateus 4, 18
[2] S. Mateus 4, 18-22; S. Marcos 1, 14-20; S. Lucas 5, 1-11
[3] The Macmillan Bible Atlas, 2º Edição,Y. Aharoni e M. Avi-Yonah, Macmillan Publishing, New York, 1968, 1977
[4] S. João 21, 1-3
[5] The Interpreter’s One-Volume Commentary on the Bible, C.M. Laymon, Editor, Abingdon Press, Nashville, 1988
[6] S. Marcos 8:
[7] Isaías 49, 8
[8] S. João 1, 1
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18 July 2009
03 June 2009
Be Clear:"Anti-Abortion" is NOT the same as "Pro-Life"
Following the murder of abortion clinic Dr. George Tiller in the Lutheran church where he worshipped, I have been reading many of the on-line news and journal articles, blogs, etc, along with the varied responses that people have written. I am deeply bothered by the tenor of many of the comments I've read. The Pro-Life movement cannot but do itself damage in the eyes of those still undecided on the issue of legalizing abortion by continuing to attack George Tiller after his murder. Whatever he did during his life he is no longer doing (thank God!). He is no longer an abortionist; he is a sinner in the hands of God, awaiting the judgment of Christ Jesus. If we continue to vilify him after he was murdered, we create a martyr to 'their' cause, and by our very language drive those who are undecided to the wrong side.
Rather, if we are indeed Pro-Life (and not merely social conservatives, who are against abortion but also against pre-natal care, support the death penalty, etc.), then the better response is this: George Tiller was indeed a sinner, and that we pray that he has repented; Scott Roeder, accused of murdering him, is, if guilty, by definition NOT Pro-Life, because you cannot be Pro-Life and commit murder.
Do not attempt, we must say, to tarnish the Pro-Life movement with the actions of someone who was not pro-life. We believe that only God has the right to determine when we are born and when we die; the killer of George Tiller believed that he had that right. Therefore, he is not one of us... don't mistake him for us, or use his actions to try to tarnish ours.
To be truly Pro-Life is to believe that only God has the right to decide when our lives may begin or end. 'Life' includes everything from conception to death, and if we are truly Pro-Life then we must demonstrate our care for our brothers and sisters throughout their entire lives, and not limit our care to the as yet unborn. To be truly Pro-Life is to do everything in our ability not merely to fight against abortion (although that is essential) and against the death penalty, but to do everything in our power to ensure that people are fed when they hunger, given drink when they thirst, cared for when they are sick, clothed when they are naked, visited when imprisoned... knowing that whatever we do for the very least of these, Christ's brothers, we do for Him (St. Matthew 25:31-40). It is on this that we shall be judged... and on all of this. We know, because Jesus was quite specific about what his His criteria will be during the Final Judgment. We shall be judged by Love, in love, for how well we have loved.
By that standard, the man who killed George Tiller was not Pro-Life. He may have been "anti-abortion", but that is not the same thing. Christ calls us to be Pro-Life in response to His gift of life, but by definition "Pro-Life" does not, aand cannot, limit itself to 'fetal life'... as the old joke goes, we who are Christian believe that there is indeed life after birth.
If we wish to convince those who are not already on our side, we must simply deny that the killer was Pro-Life at all. He might be anti-abortion, or simply mentally deranged (or most likely both), but he demonstrated he was not one of us by his actions. To be Pro-Life is to respond with love to God's love. We will convince no one by emphasizing the more bloodthirsty quotations from the Old Testament ("Break their teeth, O God, in their mouth..." and "If a man does not repent, God will whet his sword; he has bent and readied his bow; he has prepared for him his deadly weapons, making his arrows fiery shafts"), particularly when the quotes in question are asking God to take action-- not encouraging us to take it ourselves.
We are far more likely to increase support for the Pro-Life movement (and evangelize) if we emphasize that the movement exists as a loving response to God's love for all of us, that we believe that only God may choose the hour and day of our death, and that we are Pro-Life in response to the God who loved us enough to create us, to become incarnate as one of us (and Jesus didn't come into the world at Christmas-- He who is fully God spent His first nine months, fully human, in the womb of His Blessed Mother), to live as one of us and finally to die, horribly, on the Cross, that we might live. Being Pro-Life isn't enough, is response to that incredibly loving gift of God, but nothing we can do would be enough. I am certainly not an abortionist, but I am a sinner, and for me to say that my sins are somehow 'okay' while George Tiller's were not would simply mean I hadn't paid attention in Sunday School. Parsing which sins are worse than others is a waste of time-- 'All have sinned and fallen short of the grace of God'.
Tiller's killer proved that he was no friend of the Pro-Life movement when he chose to take life. We must prove ourselves better, if we wish to change hearts and minds. It is only be attracting enough people to that which we believe-- by making it so clearly attractive a way of life and (as they used to say in seminary) 'belief structure' (and not by dumbing it down, but rather by truly emphasizing the theological heart of the Christological message), that they want to join with us.
And as they join with us, the laws will change ,and lives will be saved in addition to souls, because the politicians will always follow the votes.
Pax!
Ad te clamámus, éxsules filii Evæ!
Rather, if we are indeed Pro-Life (and not merely social conservatives, who are against abortion but also against pre-natal care, support the death penalty, etc.), then the better response is this: George Tiller was indeed a sinner, and that we pray that he has repented; Scott Roeder, accused of murdering him, is, if guilty, by definition NOT Pro-Life, because you cannot be Pro-Life and commit murder.
Do not attempt, we must say, to tarnish the Pro-Life movement with the actions of someone who was not pro-life. We believe that only God has the right to determine when we are born and when we die; the killer of George Tiller believed that he had that right. Therefore, he is not one of us... don't mistake him for us, or use his actions to try to tarnish ours.
To be truly Pro-Life is to believe that only God has the right to decide when our lives may begin or end. 'Life' includes everything from conception to death, and if we are truly Pro-Life then we must demonstrate our care for our brothers and sisters throughout their entire lives, and not limit our care to the as yet unborn. To be truly Pro-Life is to do everything in our ability not merely to fight against abortion (although that is essential) and against the death penalty, but to do everything in our power to ensure that people are fed when they hunger, given drink when they thirst, cared for when they are sick, clothed when they are naked, visited when imprisoned... knowing that whatever we do for the very least of these, Christ's brothers, we do for Him (St. Matthew 25:31-40). It is on this that we shall be judged... and on all of this. We know, because Jesus was quite specific about what his His criteria will be during the Final Judgment. We shall be judged by Love, in love, for how well we have loved.
By that standard, the man who killed George Tiller was not Pro-Life. He may have been "anti-abortion", but that is not the same thing. Christ calls us to be Pro-Life in response to His gift of life, but by definition "Pro-Life" does not, aand cannot, limit itself to 'fetal life'... as the old joke goes, we who are Christian believe that there is indeed life after birth.
If we wish to convince those who are not already on our side, we must simply deny that the killer was Pro-Life at all. He might be anti-abortion, or simply mentally deranged (or most likely both), but he demonstrated he was not one of us by his actions. To be Pro-Life is to respond with love to God's love. We will convince no one by emphasizing the more bloodthirsty quotations from the Old Testament ("Break their teeth, O God, in their mouth..." and "If a man does not repent, God will whet his sword; he has bent and readied his bow; he has prepared for him his deadly weapons, making his arrows fiery shafts"), particularly when the quotes in question are asking God to take action-- not encouraging us to take it ourselves.
We are far more likely to increase support for the Pro-Life movement (and evangelize) if we emphasize that the movement exists as a loving response to God's love for all of us, that we believe that only God may choose the hour and day of our death, and that we are Pro-Life in response to the God who loved us enough to create us, to become incarnate as one of us (and Jesus didn't come into the world at Christmas-- He who is fully God spent His first nine months, fully human, in the womb of His Blessed Mother), to live as one of us and finally to die, horribly, on the Cross, that we might live. Being Pro-Life isn't enough, is response to that incredibly loving gift of God, but nothing we can do would be enough. I am certainly not an abortionist, but I am a sinner, and for me to say that my sins are somehow 'okay' while George Tiller's were not would simply mean I hadn't paid attention in Sunday School. Parsing which sins are worse than others is a waste of time-- 'All have sinned and fallen short of the grace of God'.
Tiller's killer proved that he was no friend of the Pro-Life movement when he chose to take life. We must prove ourselves better, if we wish to change hearts and minds. It is only be attracting enough people to that which we believe-- by making it so clearly attractive a way of life and (as they used to say in seminary) 'belief structure' (and not by dumbing it down, but rather by truly emphasizing the theological heart of the Christological message), that they want to join with us.
And as they join with us, the laws will change ,and lives will be saved in addition to souls, because the politicians will always follow the votes.
Pax!
Ad te clamámus, éxsules filii Evæ!
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